terça-feira, novembro 30, 2010

Uma casa no alto do morro

Era uma só casa no alto do morro
De onde acreditava ver o mundo
Onde se vivia livre, leve e solto
E o Amor era bem mais profundo
Na aurora o cheiro de fumo queimado
O Amor intrínseco em cada gota de café
O cigarro, naquela velha boca, pitado
E, no rosto, rugas de homem de fé
A paz no cheiro do solo molhado
A terra em contato com os pés
Sentir na pele as gotas de orvalho
Gozar um banho nos igarapés
Era só uma casa, longe, lá no alto
Onde uma mulher esperava na janela
Cheirando a tempero, vestido molhado
E como o brilho nos olhos só via nela
Era só uma casa, era só uma família
Mas naqueles olhos e rugas podia notar
A felicidade quando esse povo sorria
A perfeição no simples gesto de amar

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