segunda-feira, dezembro 06, 2010

A praia estava cheia de um vento bom, de uma liberdade.
E eu estava só.
E naqueles momentos não precisava de ninguém.
Preciso aprender a não precisar de ninguém.
É difícil, porque preciso repartir com alguém o que sinto.
O mar estava calmo. Eu também.
Mas à espreita, em suspeita. Como se essa calma não pudesse durar.
Algo está sempre por acontecer.
O imprevisto me fascina.

(Clarice Lispector)

Nenhum comentário:

Postar um comentário