quinta-feira, novembro 25, 2010

Fim de tarde, mar, Amor e violão

Só por hoje esse fogo vermelho  não me queima. Só hoje, só agora, só porque estou com você. O meu maior medo se ergue diante de mim e desaba, ergue, desaba, ergue… Toda a imensidão do que há algumas horas era só azul e turquesa, agora laranja… movimentos sucessivos, mecânicos, o deleite em cada som, chia, fúria… a insana compreensão do infinito já não me assusta. Só porque estou com você.
Mas talvez não seja tão somente você. A companhia de apena uma caixa acústica e um pouco de prata e inox, me faz viajar entre notas e a clave de sol. Correm meus dedos trêmulos por entre as pratas, produzindo ondas acústicas que, ecoando no infinito e coração, parecem maior que as sucessivas e furiosas. Ensaio uma versificação em balada de todo esse Amor.
A lágrima, que escorre dos teus olhos ao teu sorriso… tem mais água… tem mais sal… que todo esse imenso tom laranja. Tem mais e tanto que meus olhos invejam os teus e meu sorriso reclama um pouco de sal.
Antes que o vermelho vire negro, que a bola de fogo vire apenas um espelho, antes do fim da tela perfeita para uma pintura realista, que o Amor tenha sentido e entendido, e se comparaste… É maior que estas águas vermelhas e mais lindo que a pintura que ninguém fez.

2 comentários:

  1. Mar...Amar ;D
    lindo texto,criativo,como de costume,e esse,talvez um tanto levee,o que tornou doçe o seu texto.Parabéns C.L

    " Deixei cacos em um navio sem porto. Dos destroços só recuperei minha escrita. A secura dos olhos foi um presente triste que às vezes dói. "

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  2. Amor ameei o texto foi simples, singelo, lindo!
    como sempre, lindas palavras!

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