sexta-feira, novembro 12, 2010






Até onde podemos ir? Até o limite do suportável.
Um belo dia, depois de inúmeras repetições do mesmo erro, a gente desiste.
Com tristeza pela perda, mas com alegria pela descoberta, diz pra si mesmo:
cheguei até aqui. E, então, a vida muda.








Escrever – e você sabe disso – pode eliminar essa sensação de gratuidade no existir,
de coisas o tempo todo fugindo e se transformando em passado.
Eu acho então que se escrever te dá um sentido para estar viva (ou a ilusão de um sentido, que importa?),
então vai e escreve e diz tudo e rasga o coração, as vísceras, expõe tudo, grita, esperneia – no papel.

[Caio Fernando Abreu]




um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando...

[Clarice Lispector]






Se meu diário falasse.....



"Deus salve as belezas corajosas e proteja
o coração de seus vencidos."


(Elisa Lucinda)

Fãããã dessa mulher!!!!




Em muitos trechos do caminho, às vezes bem longos, carregamos muito peso na alma sem também notar.
A gente se acostuma muito fácil às circunstâncias difíceis que às vezes podem ser mudadas.
A gente se adapta demais ao que faz nossos olhos brilharem menos.
A gente camufla a exaustão.
A gente inventa inúmeras maneiras para revestir o coração com isolamento acústico para evitar ouvi-lo.
A gente faz de conta que a vida é assim mesmo e ponto.
A gente arrasta bolas de ferro e faz de conta que carrega pétalas só pra não precisar
fazer contato com as nossas insatisfações e agir para transformá-las.
A gente carrega tanto peso, no sentimento, um bocado de vezes, porque resiste à mudança.
Até o dia em que a alma, cansada de não ser olhada, encontra o seu jeito de ser vista e de dizer quem é que manda.


(Ana Jácomo)


E que grande verdade isso!




Já é Setembro.
E eu não poderia deixar de cantar essa canção,
que me marca e muitooo.


Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender
(Grande Beto Guedes)


- Sol de primavera, escancaraaaa as janelas do meu peito -

Eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta.
Tive que voltar atrás, andar em círculos,
perder dias,
perder o rumo,
perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço,
uma provável ponte: a entrada do encontro...
Acertei o caminho não porque segui as setas,
mas porque desrespeitei todas as placas de aviso.

(Marla de Queiroz)


"IDEM"




E o médico perguntou:
- O que sentes?
- Sinto lonjuras, doutor.
Sofro de distâncias.

[...]


bonsais atômicos, Denison Mendes




(...) Mas ela gosta de colecionar segredos.
Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha.
É doce, doce, extremamente doce, tão doce.
E ela fica ali, mastigando alegrias.

[Caio F] AMADO!!!






Vida interior.
Nem mil anos bastariam para eu assimilar tudo o que sinto
e acomodar toda essa trupe em mim.

[Martha Medeiros]




Optei pelas medidas provisórias.
Por isso, todos os anos eu faço uns picotes na minha constituição
imaginária e jogo os pedacinhos de papel pela janela:
é assim que comemoro o dia da independência.
- Da minha -

[Martha Medeiros]




Eu me permito mais liberdade e mais experiências.
E aceito o acaso.
Anseio pelo que ainda não experimentei.
Maior espaço psíquico.
Estou felizmente mais doida.


[Clarice "Divina" Lispector]





Se um dia me quiseres te darei
Meus melhores olhares
Com a vida farei malabares
Aos olhos de Deus milenares
E mesmo que a dor varra os ares
Como aviões longe dos hangares
Te darei prazer apesar dos pesares

Se
um
dia
me
quiseres,
te
darei
o
mapa
dos
pomares.....

(Zélia Duncan, Zeca Baleiro) -

(Se um dia me quiseres - Lindezaaaa de música - Dupla perfeita)!!!





Estou com sede de mudanças,
mas não quero arrastar os móveis,
nem desentortar os quadros.
Quero desabitar meus hábitos.


(Marla de Queiroz)


[Tô meio assim]





Mesmo calada a boca,
resta o peito.

(Chico Buarque)


Ahhhhhhh Chicooo...(Suspiros)




Me olha de onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé

[Maria Gadú]


E eu amo escutar ela cantar!!!




Não estou vivendo perigosamente.
Troquei o perigosamente, pelo intensamente, inconsequentemente,
apaixonadamente.
Não há perigo.
Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo
e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver
sem um manual de instruções.

[Martha Medeiros]




O diabo desta vida é que entre cem caminhos, temos de escolher apenas um e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove.

(Fernando Sabino, em O Encontro Marcado)





...Mas se eu tiver nos olhos
Uma luz bonita
Fica comigo
E me faz feliz
É que eu tô sozinho
Há tanto tempo
Que eu me esqueci
O que é verdade
E o que é mentira em volta de mim..

[Cazuzaaaaaa, poeta maior]

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