quarta-feira, novembro 24, 2010

Morena de Prata

Infinitos mistérios sobre essas trevas
Quais segredos submersos nesse mar a meia noite
O amanhecer será um rasgo de lua nesse olhar
E nestas curvas perder o centro de gravidade
Morena, me mata, maquiavélico movimento atômico
Mulata de prata, psicodélica ondulatória do quadril
Ah, morena, minha pequena, quem dera amanhecer-te
Que sá desvendar esta intrínseca sensualidade
Desatino na utopia de saber d’onde vem teu encanto
Há quem diga que é do negro prata, brilho de chocolate
Há quem diga que da beleza grega, Afrodite latina, mulata
Há ainda quem, simploriamente afirme, é o olhar impiedoso
Me diz, morena, qual teu caminho, que eu mando azulejar
Me diz quais são teus perfumes, que quero embriagar
Me deixa, morena, sonhar com tuas curvas na mão
Só não maltrata morena, com essa boca molhada
É a cor do pecado, hoje é mais fácil de entender
Pensando que se passa, vendo o passo primoroso
Morena, tu ainda me mata com esse charme glorioso
Alma do samba, rebola sem ao menos mecher
Mata morena! É assim que eu quero morrer

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